Esta posição desafia diretamente a crescente pressão internacional e a recente resolução da ONU que apoia a solução de dois Estados.
Num evento no colonato de Maale Adumim, a leste de Jerusalém, Netanyahu declarou de forma contundente: "Cumpriremos a nossa promessa: não haverá Estado palestiniano, este lugar pertence-nos". Esta afirmação surge na sequência da aprovação pela ONU da "Declaração de Nova Iorque", que apela a medidas concretas para a criação de um Estado palestiniano, uma resolução que Israel rejeitou veementemente. O governo de Netanyahu, que inclui elementos de extrema-direita como o ministro das Finanças Bezalel Smotrich, tem defendido publicamente a aceleração da construção de colonatos, incluindo o controverso projeto E1, que, segundo os críticos, dividiria a Cisjordânia e inviabilizaria um futuro Estado palestiniano contíguo.
A Autoridade Palestiniana e o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenaram a expansão dos colonatos, considerados ilegais pelo direito internacional.
A posição de Netanyahu cria um confronto direto com os esforços diplomáticos de muitos países, incluindo aliados europeus, que veem a solução de dois Estados como o único caminho para uma paz duradoura na região.













