A ação, que ocorreu durante negociações para um cessar-fogo, foi amplamente condenada e ameaça minar os esforços de paz na região. O ataque, que Israel assumiu como uma “operação totalmente independente”, atingiu um complexo residencial onde se encontravam reunidos negociadores do Hamas para discutir uma proposta de paz dos EUA. A operação resultou na morte de cinco membros do Hamas e de um agente da segurança qatari.

A reação internacional foi imediata e severa.

O Qatar considerou o ataque um “ato terrorista cobarde” e uma “violação flagrante” da sua soberania, reservando-se o direito de responder.

Os Estados Unidos, o principal aliado de Israel, expressaram um raro e público descontentamento, com o Presidente Donald Trump a classificar o incidente como “lamentável” e a garantir ao emir do Qatar que “tal coisa não voltaria a acontecer”.

A Casa Branca e o governo do Qatar discordaram publicamente sobre se houve um aviso prévio.

A condenação foi ecoada por inúmeros países e organizações, incluindo a União Europeia, Rússia, China, Reino Unido, França e Portugal, que alertaram para o risco de uma escalada regional.

Em resposta, o Conselho de Segurança da ONU convocou uma reunião de emergência. O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, justificou a ação como uma resposta a um atentado em Jerusalém e comparou-a à perseguição dos EUA aos responsáveis pelos ataques de 11 de setembro, instando o Qatar a expulsar os “terroristas”.