Esta escalada marca uma nova fase perigosa na guerra regional, com Israel a retaliar diretamente contra os ataques Huthis ao seu território.

Os bombardeamentos israelitas atingiram alvos descritos como “campos militares”, um “quartel-general de relações públicas dos Huthis e um depósito de combustível”, causando, segundo o Ministério da Saúde Huthi, pelo menos 46 mortos e 165 feridos.

A destruição estendeu-se a infraestruturas civis, com dezenas de casas danificadas e o Museu Nacional do Iémen a sofrer estragos.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, assumiu a responsabilidade, afirmando: “Continuaremos a atacar.

Quem nos atacar, será atingido”.

Estes ataques são uma resposta aos contínuos lançamentos de mísseis e drones pelos Huthis contra Israel, ações que o grupo afirma realizar em “solidariedade com os palestinianos”.

O enviado especial da ONU para o Iémen, Hans Grundberg, alertou o Conselho de Segurança que “o atual ciclo de violência está a afastar ainda mais o Iémen de um processo de paz”, agravando a já terrível crise humanitária no país, onde, segundo a ONU, 70% das famílias não têm alimentos suficientes, a taxa mais elevada alguma vez registada.