A ação, que matou cinco membros do grupo e um polícia catari, foi justificada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu mas gerou forte condenação internacional, incluindo dos Estados Unidos, e abalou o processo de mediação.
O ataque de 9 de setembro ocorreu enquanto os negociadores do Hamas analisavam uma proposta de cessar-fogo apresentada pelos EUA. Benjamin Netanyahu defendeu a operação, afirmando que foi “inteiramente justificada” porque o Qatar, apesar de ter “alavancas poderosas” sobre o Hamas, “optou por não as usar” para libertar os reféns.
O emir do Qatar, Tamim bin Hamad Al-Thani, acusou Israel de cometer um “ato terrorista covarde” com o objetivo de “fazer fracassar as negociações”.
A ação provocou uma rara repreensão de Washington, com o Presidente Donald Trump a manifestar-se “muito descontente”.
Apesar disso, o secretário de Estado Marco Rubio pediu ao Qatar que mantivesse o seu papel de mediador.
O alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, classificou o ataque como uma “violação chocante do direito internacional e um ataque à paz e à estabilidade regional”, argumentando que “visar as partes envolvidas na mediação (...) compromete o papel fundamental do Qatar”.
O incidente motivou a convocatória de uma cimeira de emergência de países árabes e islâmicos em Doha para formular uma resposta unificada.












