Estas medidas refletem a crescente frustração global com a condução da guerra e a deterioração da situação humanitária em Gaza. A Assembleia-Geral da ONU aprovou, com 142 votos a favor, a “Declaração de Nova Iorque sobre a Implementação da Solução de Dois Estados”, um texto preparado pela França e Arábia Saudita que defende medidas “tangíveis e irreversíveis” para a criação de um Estado palestiniano.

Israel votou contra, com o seu Ministério dos Negócios Estrangeiros a classificar a decisão como “vergonhosa” e um incentivo ao Hamas.

Paralelamente, a Comissão Europeia propôs a suspensão de certas disposições comerciais do Acordo de Associação UE-Israel, uma medida que, segundo a Alta Representante Kaja Kallas, “teria um custo financeiro muito pesado” para Telavive. Kallas, no entanto, admitiu que a UE “não tem ferramentas para realmente parar” a ofensiva terrestre.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Saar, acusou a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, de atuar de “má-fé”. A China também se manifestou, condenando as ações de Israel e instando a um “cessar-fogo integral e duradouro o mais cedo possível”.

Estas ações diplomáticas e económicas surgem num contexto de crescente reconhecimento internacional do Estado da Palestina, com países como França, Canadá e Espanha a anunciarem o seu apoio.