A estratégia militar de Israel na Cidade de Gaza inclui intensos bombardeamentos e a destruição de infraestruturas civis, como edifícios residenciais altos e hospitais. As Forças de Defesa de Israel (FDI) justificam estas ações como necessárias para desmantelar as capacidades do Hamas, mas enfrentam crescentes acusações de ataques indiscriminados e violações do direito humanitário. Durante a ofensiva terrestre, as forças israelitas destruíram vários dos edifícios mais altos da Cidade de Gaza, que por vezes abrigavam refugiados, alegando que o Hamas os utilizava para vigilância.
Uma das ações mais controversas foi o bombardeamento do Hospital Al-Rantisi, o único hospital pediátrico especializado em funcionamento na capital do enclave. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, os pisos superiores do hospital foram atacados três vezes, numa altura em que se encontravam 80 doentes em tratamento.
O exército israelita define como “infraestruturas terroristas” alvos que podem incluir habitações civis onde se tenha registado a presença de indivíduos ligados a milícias.
A complexidade das operações é agravada pela presença de reféns israelitas.
O coordenador para o regresso dos reféns, Gal Hirsch, admitiu que a sua presença representa um desafio significativo, afirmando que, sem eles, a operação poderia decorrer “muito mais rapidamente”. Hirsch lamentou também o que considera ser a crescente influência da “propaganda” do Hamas entre as famílias dos reféns, o que, na sua opinião, prejudica os esforços de resgate.
Em resumoA tática militar israelita na Cidade de Gaza, caracterizada pela destruição de infraestruturas civis críticas como hospitais, levanta sérias questões sobre a proporcionalidade e o respeito pelo direito internacional. A presença de reféns no terreno de combate adiciona uma camada de complexidade e risco, condicionando as operações e gerando tensões internas em Israel.