Esta operação militar representa uma nova e devastadora fase no conflito, com graves consequências humanitárias.

A campanha militar, iniciada com apoio dos Estados Unidos, visa destruir o grupo extremista Hamas, que Israel alega ter o seu "principal bastião" na cidade.

A estratégia israelita envolve bombardeamentos intensos e contínuos, com o exército a afirmar ter atingido "mais de 150 alvos" em Gaza nos primeiros dias da ofensiva terrestre.

Estes ataques visaram edifícios altos e torres, que, segundo Israel, eram utilizados pelo Hamas para vigilância, bem como o que descrevem como "um depósito de armas do Hamas".

A intensidade da operação foi descrita pelo ministro da Defesa israelita, Israel Katz, com a afirmação categórica: "Gaza está em chamas".

A ofensiva provocou um êxodo massivo, com a estrada costeira a ficar congestionada com milhares de pessoas a fugir para sul. Simultaneamente, as comunicações foram cortadas, com os serviços de Internet e telemóvel a sofrerem um "corte generalizado em toda a Faixa de Gaza", isolando cerca de 800 mil palestinianos.

A operação foi condenada internacionalmente e gerou preocupação em Israel pelo risco que representa para os reféns ainda detidos em Gaza. O coordenador israelita para o regresso dos reféns, Gal Hirsch, admitiu que a sua presença condiciona a rapidez da operação, afirmando que estes se encontram "numa zona de combate, num local perigoso, nas mãos de raptores perigosos".