Organizações internacionais alertam para uma "sentença de morte" para os civis encurralados.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que "os hospitais de Gaza estão à beira do colapso", com a violência a impedir o acesso e a entrega de mantimentos vitais. O Hospital Al-Rantisi, o único pediátrico especializado na Cidade de Gaza, foi bombardeado, agravando a crise no setor da saúde. A situação é tão precária que a Cáritas Internacional e mais de 40 organizações humanitárias descreveram o ataque à Cidade de Gaza como uma "sentença de morte", afirmando que as famílias enfrentam um "dilema impossível: fugir e arriscar a morte na estrada (...) ou permanecer e enfrentar bombardeamentos implacáveis". A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) reforçou esta ideia, descrevendo a escolha da população como ficar e sofrer as operações militares ou "deixar todos os seus pertences no norte e tentar ir para sul, em busca de um pedaço de terra para se voltar a estabelecer".
A crise é agravada pela fome, com a ONU a declarar formalmente a existência de fome na Faixa de Gaza. A UNICEF reportou que mais de 10.000 crianças na Cidade de Gaza necessitam de tratamento para subnutrição aguda, um número que reflete a obstrução deliberada das operações humanitárias por parte de Israel, segundo as ONG.
O custo da fuga é proibitivo para muitos, com o transporte para o sul a atingir valores superiores a mil dólares, deixando inúmeras famílias encurraladas.














