A fiabilidade destes números é corroborada pela ONU, mas há relatores que sugerem que o total real pode ser até dez vezes superior.
Os dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, indicam um número de mortos que ascende a 65.150, com mais de 165.000 feridos. Estes números são considerados fiáveis pelas Nações Unidas, que destacam que mulheres e crianças representam cerca de metade das vítimas fatais. A ofensiva israelita, que se seguiu ao ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023, destruiu vastas áreas do enclave e desalojou aproximadamente 90% da população.
No entanto, a relatora da ONU para os territórios palestinianos ocupados, Francesca Albanese, apresentou uma perspetiva ainda mais alarmante.
Numa conferência de imprensa, declarou: "Na verdade, devemos começar a pensar em 680 mil, porque este é o número que alguns académicos e investigadores apontam como a verdadeira cifra de mortos em Gaza". Albanese explicou que esta estimativa se baseia em cálculos sobre o nível de destruição e o número de pessoas que aparentam ainda viver no território. A relatora acrescentou uma projeção chocante: "Se este número se confirmar, 380 mil serão crianças com menos de 5 anos".
Esta discrepância colossal entre os números oficiais e as estimativas de peritos intensifica o debate sobre a escala da catástrofe humana e alimenta as acusações de genocídio contra Israel.














