Em resposta à iminente operação terrestre, Israel ordenou a evacuação da população para sul, abrindo corredores temporários como a estrada Salah al-Din.

No entanto, o êxodo tem sido caótico, com as rotas congestionadas e os custos de transporte a tornarem-se proibitivos para muitas famílias, que se veem forçadas a fugir a pé. A ONU estima que centenas de milhares de pessoas já abandonaram a cidade desde agosto, mas as autoridades do Hamas indicam que cerca de 900 mil ainda permanecem no norte. A situação é agravada pelo corte generalizado dos serviços de Internet e telemóvel em toda a Faixa de Gaza, que, segundo organizações de direitos humanos, deixou cerca de 800 mil palestinianos “completamente isolados” e sem acesso a informação vital. O coordenador israelita para os reféns, Gal Hirsch, admitiu que a presença de reféns em Gaza complica a operação, que poderia decorrer “muito mais rapidamente” se não fosse esse fator, reconhecendo que os cativos “estão em perigo”.