Em linha com esta diretiva, o seu governo prometeu “duplicar os colonatos judeus na Judeia e Samaria [Cisjordânia]” como retaliação pelo reconhecimento internacional da Palestina.

Esta visão é partilhada e amplificada por ministros ultranacionalistas.

O ministro da Segurança, Itamar Ben Gvir, defendeu não só o aumento da intensidade dos ataques a Gaza, mas também a anexação de território no enclave para a construção de colonatos israelitas. “Precisamos de anexar a maior quantidade possível de território em Gaza”, afirmou Ben Gvir, sugerindo a criação de “bairros residenciais para polícias em Gaza, junto ao mar”. Na mesma linha, o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, sugeriu que, após a “demolição” de Gaza, os terrenos deveriam ser divididos para construção, afirmando: “Pagámos muito dinheiro pela guerra, por isso temos de decidir como dividir os terrenos em Gaza”.

Estas declarações, que encontram apoio nos setores mais radicais da sociedade israelita, são vistas com alarme pela comunidade internacional, que as considera uma violação do direito internacional e um obstáculo intransponível para a paz.