Esta escalada ameaça abrir uma nova frente de conflito em grande escala, aumentando a instabilidade regional já exacerbada pela guerra em Gaza.
O exército israelita emitiu um “aviso urgente” aos residentes de três aldeias no sul do Líbano — Mais al-Jabal, Kfar Tibnit e Dibbin — para evacuarem imediatamente os seus edifícios, advertindo que iria atacar as áreas “num futuro próximo”.
A justificação apresentada foi a de que o grupo xiita Hezbollah, apoiado pelo Irão, estaria a tentar “reconstruir a sua atividade” na zona. Pouco depois, as Forças de Defesa de Israel confirmaram o início de “ataques contra alvos militares do Hezbollah no sul do Líbano”. Desde outubro de 2023, a fronteira tem sido palco de trocas de projéteis diárias, iniciadas pelo Hezbollah em solidariedade com a população de Gaza. A situação deteriorou-se apesar de um cessar-fogo acordado em novembro de 2024, que Israel alega monitorizar a partir de posições que ainda ocupa em território libanês. O governo libanês, através do primeiro-ministro Najib Mikati, apelou à comunidade internacional, em particular à França e aos Estados Unidos, para exercerem “uma pressão máxima sobre Israel, de forma a pôr fim imediato aos seus ataques”. Por sua vez, o líder do Hezbollah, Naim Qassem, apelou à unidade em torno da ideia de que Israel é o “principal inimigo” da região, reforçando a retórica de confronto.












