A segurança nas fronteiras de Israel com a Jordânia e o Egito deteriorou-se significativamente, com um ataque mortal a suspender a entrada de ajuda humanitária vinda da Jordânia e um reforço militar egípcio no Sinai a aumentar as preocupações em Telavive. Estes desenvolvimentos sublinham a fragilidade das relações de Israel com os seus vizinhos árabes e o impacto direto do conflito de Gaza na estabilidade regional. Na fronteira com a Jordânia, um motorista jordano de um camião de ajuda humanitária matou a tiro dois soldados israelitas na passagem de Allenby/Rei Hussein, antes de ser abatido. Em resposta, Israel fechou a passagem por tempo indeterminado, suspendendo a entrada de ajuda destinada a Gaza proveniente da Jordânia. O primeiro-ministro Netanyahu exigiu novos protocolos de segurança e declarou que era “responsabilidade da Jordânia evitar o ataque”.
A Jordânia condenou o ato, mas o Hamas aplaudiu-o como uma “mensagem clara” contra as “políticas de genocídio” de Israel.
Simultaneamente, o Egito reforçou a sua presença militar no norte do Sinai, junto à Faixa de Gaza, justificando a medida como necessária para “defender a segurança nacional”.
Embora o Cairo tenha reiterado o seu compromisso com o tratado de paz de 1979 e afirmado que as movimentações foram coordenadas, a presença de carros de combate e artilharia gerou preocupação em Israel. O Egito, que desempenha um papel de mediador no conflito, tem condenado veementemente a ofensiva israelita e rejeita categoricamente qualquer deslocação da população de Gaza para o seu território, considerando-a uma “ameaça à segurança nacional” e uma “linha vermelha”.
Em resumoA escalada de tensão nas fronteiras com a Jordânia e o Egito evidencia a crescente pressão regional sobre Israel. O ataque na passagem de Allenby interrompeu um corredor humanitário vital, enquanto o reforço militar egípcio reflete o receio de um alastramento do conflito e a oposição firme do Cairo a uma crise de refugiados palestinianos no seu território.