Este movimento representa uma mudança significativa na abordagem de nações que historicamente hesitavam em tomar tal passo antes de um acordo de paz finalizado. A decisão foi anunciada na véspera de uma conferência de alto nível na sede da ONU, copresidida pela França e Arábia Saudita, dedicada à implementação da solução de dois Estados.
O ministro dos Negócios Estrangeiros saudita, Faisal bin Farhan, apelou a outros países para que tomassem uma "medida histórica semelhante", enquanto o Presidente francês, Emmanuel Macron, declarou que "chegou o momento" de a França reconhecer o Estado palestiniano. O secretário-geral da ONU, António Guterres, apoiou a iniciativa, afirmando que o estatuto de Estado para os palestinianos "é um direito, não uma recompensa".
A Autoridade Palestiniana, liderada por Mahmoud Abbas, aplaudiu a decisão, considerando-a "um passo importante e necessário" para uma paz justa.
Em contraste, a medida foi veementemente rejeitada pelo governo israelita.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu descreveu o reconhecimento como uma "enorme recompensa ao terrorismo" e prometeu expandir os colonatos na Cisjordânia em resposta.
O embaixador de Israel em Lisboa, Dor Shapira, afirmou que a declaração "prejudica qualquer perspetiva de paz e serve apenas para recompensar o terrorismo".
Por outro lado, o Hamas considerou os reconhecimentos "uma vitória para os direitos do povo palestiniano".














