Intervindo por vídeo após ter o visto para os EUA recusado, Abbas foi claro: "O Hamas não terá qualquer papel no governo, o Hamas e outras fações devem entregar as suas armas à Autoridade Palestiniana".

Acrescentou ainda: "Condenamos igualmente os assassinatos e a detenção de civis, incluindo os atos do Hamas em 7 de outubro de 2023". Esta posição visa reforçar a legitimidade da Autoridade Palestiniana como a única representante do povo palestiniano e demarcar-se das ações do Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2006. Abbas também se comprometeu com a realização de eleições presidenciais na Palestina "um ano após o fim da guerra" em Gaza, um desenvolvimento importante, visto que não há eleições desde 2005 na Cisjordânia e 2006 em Gaza.

A sua administração saudou o reconhecimento do Estado da Palestina por Portugal e outros países, considerando-o um passo que "encoraja os esforços para alcançar a paz e promover a solução de dois Estados".