Segundo fontes militares israelitas, mais de 480.000 pessoas já fugiram da cidade desde o início da operação em agosto.

Esta escalada militar gerou uma crise humanitária catastrófica.

As autoridades de Gaza relatam que cerca de um milhão de deslocados se concentram agora na zona sul, em áreas como Al-Mawasi, que carecem de infraestruturas básicas, hospitais, água e alimentos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a situação nos hospitais está “no limite do colapso”, com a violência a impedir o acesso e a entrega de suprimentos vitais.

O diretor do hospital Shifa lamentou a perda de feridos que poderiam ser salvos se houvesse recursos.

A ofensiva incluiu a morte de Mahmoud Abu al-Khir, identificado por Israel como um chefe dos serviços de informações do Hamas.

No entanto, os ataques também atingiram zonas residenciais, com um residente a descrever os bombardeamentos como “intensos, com aviões, tanques e 'drones' a disparar constantemente”.

O chefe do Estado-Maior israelita, numa visita à Cidade de Gaza, apelou aos residentes para que se rebelem contra o Hamas, afirmando: “A guerra e o sofrimento terminarão se o Hamas libertar os reféns e entregar as suas armas”.