O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que a viabilidade desta solução está a deteriorar-se perigosamente, atingindo “o seu nível mais crítico em mais de uma geração”.

Guterres questionou os opositores sobre qual seria a alternativa, sugerindo que um cenário de um só Estado resultaria na privação de direitos básicos para os palestinianos e no aumento do isolamento global de Israel. O Presidente francês, Emmanuel Macron, ecoou este sentimento, acusando o governo israelita de “destruir totalmente” a sua credibilidade e de tomar ações que tornam a solução de dois Estados “totalmente impossível”. Macron advertiu que, se a ofensiva em Gaza continuar, a Europa terá de debater a imposição de sanções contra Israel, visando inicialmente indivíduos que apoiam os colonatos. Por seu lado, o emir do Qatar, Tamim bin Hamad al-Thani, acusou o primeiro-ministro israelita de querer prolongar a guerra para alcançar o seu objetivo de um “Grande Israel”, destruindo Gaza e expandindo os colonatos.

O Rei Abdullah II da Jordânia também criticou a inação internacional, afirmando que o reconhecimento do Estado da Palestina é “um direito indiscutível” e não uma recompensa.

Estas declarações refletem um consenso internacional crescente de que a contínua expansão dos colonatos israelitas e a violência na região representam uma ameaça existencial à paz e à estabilidade.