O Irão já tinha suspendido a cooperação com a AIEA após a guerra de 12 dias com Israel em junho, acusando a agência de não condenar os ataques israelitas e norte-americanos às suas instalações nucleares.

Embora a colaboração tenha sido retomada recentemente, a nova proposta iraniana, descrita pelo chefe da diplomacia, Abbas Araghchi, como “criativa, justa e equilibrada”, não parece ter satisfeito as potências europeias.

Estas estabeleceram como condições para evitar as sanções o reinício de negociações diretas, o acesso total dos inspetores da AIEA e informações precisas sobre os materiais enriquecidos.

O líder supremo iraniano, Ali Khamenei, reiterou que o Irão “não precisa de armas nucleares”, mas o país continua a enriquecer urânio a 60%, um nível próximo do necessário para produzir uma bomba, o que alimenta as suspeitas ocidentais. O general iraniano Abdolrahim Mousavi advertiu que as forças armadas estão prontas para responder de forma “inimaginável” a qualquer ameaça.