A União Europeia, através da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou a criação de um “grupo de doadores para a Palestina” e um instrumento específico para a reconstrução de Gaza. Von der Leyen sublinhou que “qualquer futuro Estado palestiniano tem de ser viável, também do ponto de vista económico”, e apelou a todos os países para que se juntem ao esforço, destacando o apoio financeiro “sem paralelo” de 1,6 mil milhões de euros já fornecido pela Europa à Autoridade Palestiniana. Paralelamente, o Egito posicionou-se para liderar os esforços regionais, anunciando que acolherá uma conferência internacional sobre a reconstrução de Gaza assim que for alcançado um cessar-fogo.

No centro do debate sobre o futuro político está o papel do Hamas.

O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, foi categórico ao afirmar que “o Hamas não terá qualquer papel no governo” e que o movimento, juntamente com outras fações, “deve entregar as suas armas à Autoridade Palestiniana”.

Numa rara condenação explícita, Abbas também repudiou “os atos do Hamas em 7 de outubro de 2023”. Comprometendo-se com a realização de eleições presidenciais um ano após o fim da guerra, Abbas procura reafirmar a legitimidade da Autoridade Palestiniana como a única entidade governativa para os palestinianos, um passo crucial para a estabilização e reconstrução do território devastado.