As manifestações, promovidas pelo Fórum dos Familiares dos Reféns e Desaparecidos, exigem a libertação imediata das pessoas ainda detidas pelo Hamas e, cada vez mais, o fim do conflito. Em Jerusalém, os manifestantes marcharam até à residência do primeiro-ministro, empunhando bandeiras, fotografias dos reféns e cartazes que responsabilizam Netanyahu pelo seu destino.
Palavras de ordem como “a guerra de Bibi” refletem a perceção de que a continuação do conflito serve principalmente para manter o primeiro-ministro no poder. Um manifestante, Isaac, declarou: “A guerra tem de acabar, já não existe razão para continuar e há muitas baixas dos dois lados.
Sobra um único propósito, que é manter Netanyahu no poder”.
Os participantes não se limitam a pedir a libertação dos reféns; muitos defendem ativamente o fim completo da guerra para poupar vidas de ambos os lados.
Yoel Ilani, um reservista, alertou que a guerra “perdeu o rumo” e está a isolar Israel a ponto de o colocar em “perigo existencial”.
Os protestos também refletem uma profunda divisão interna, com a oposição a responsabilizar Netanyahu pelo “desastre diplomático” do reconhecimento internacional da Palestina.
A crescente participação nestas manifestações, especialmente após os ataques israelitas à delegação negocial do Hamas no Qatar, sinaliza um descontentamento popular que desafia a narrativa oficial do governo sobre a condução da guerra.














