A decisão foi amplamente celebrada pelas lideranças palestinianas e pelo mundo árabe.
O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, considerou-a “um passo importante e necessário” para uma paz justa, enquanto o Hamas a classificou como “uma vitória para os direitos do povo palestiniano”.
A Arábia Saudita e o Qatar também saudaram a iniciativa, apelando a que outros países seguissem o exemplo.
Em contraste, a reação de Israel foi de forte condenação.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu descreveu os reconhecimentos como uma “enorme recompensa ao terrorismo” e reafirmou a sua oposição categórica à criação de um Estado palestiniano, prometendo expandir os colonatos na Cisjordânia como resposta.
“Nenhum Estado palestiniano será criado a oeste do [rio] Jordão”, declarou Netanyahu.
A embaixada de Israel em Lisboa reforçou esta posição, afirmando que a decisão portuguesa “prejudica qualquer perspetiva de paz”.
A divisão interna em Israel também se tornou evidente, com o líder da oposição, Yair Lapid, a culpar Netanyahu por um “desastre diplomático” que poderia ter sido evitado com uma abordagem mais hábil.
Esta vaga de reconhecimentos sublinha o crescente isolamento do governo de Netanyahu na cena mundial e a crescente frustração internacional com o impasse no processo de paz.














