Os relatos do terreno descrevem um cenário de destruição contínua, com bombardeamentos “intensos, com aviões, tanques e 'drones' a disparar constantemente”.
Num único dia, foram reportados pelo menos 25 mortos.
A situação humanitária é desesperada, com os hospitais a funcionarem no limite da sua capacidade.
O diretor do hospital Shifa, o maior do enclave, lamentou a perda de vidas que poderiam ser salvas se houvesse recursos, afirmando: “Estamos tragicamente a perder muitos feridos”.
Outras unidades especializadas, como o hospital pediátrico Rantisi, foram forçadas a encerrar.
No meio desta campanha militar, o chefe do Estado-Maior israelita, Herzi Halevi, fez um apelo direto aos habitantes de Gaza para que se revoltassem contra o Hamas: “Levantem-se e rompam com o Hamas!
Ele é responsável pelo seu sofrimento”.
Esta mensagem contrasta fortemente com a de membros ultranacionalistas do governo, como o ministro da Segurança, Itamar Ben Gvir, que defendeu a anexação de Gaza e a construção de colonatos. “Precisamos de anexar a maior quantidade possível de território em Gaza (...) Esta é a nossa casa e vamos permanecer nela”, declarou. A ofensiva já provocou o deslocamento de mais de 550 mil pessoas da Cidade de Gaza, agravando a crise de refugiados no sul do enclave.














