A missão denuncia atos de assédio em águas internacionais, enquanto as autoridades israelitas advertem que não permitirão a sua passagem, aumentando a tensão no Mediterrâneo. Os organizadores da flotilha, que conta com a participação de figuras como a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, e a ativista ambiental Greta Thunberg, relataram uma série de incidentes de intimidação, incluindo a presença de “vários drones”, o lançamento de “objetos não identificados” e “explosões” ouvidas perto das embarcações. Apesar da pressão, a flotilha mantém a sua determinação, afirmando num comunicado: “Não seremos intimidados (...) Cada tentativa de nos intimidarmos apenas fortalece o nosso empenho”.
Israel, por sua vez, deixou claro que não permitirá que os navios entrem numa “zona de combate ativa” ou violem o que considera ser um “bloqueio naval legal”. As autoridades israelitas propuseram uma alternativa: que a flotilha atracasse no porto de Ascalon para que a ajuda fosse transferida por via terrestre, sob controlo israelita. Esta proposta foi prontamente rejeitada pelos organizadores, que a consideraram uma “prática recorrente” para “obstruir de forma deliberada” e atrasar a entrega de ajuda.
O impasse reflete o controlo rigoroso que Israel exerce sobre o acesso a Gaza e a contínua tentativa da sociedade civil internacional de desafiar esse controlo por meios não violentos.














