As ações israelitas resultaram em mais de 65.000 mortos palestinianos, incluindo mais de 19.000 crianças, e na destruição generalizada de infraestruturas. Shawan Jabarin, diretor da organização de direitos humanos al-Haq, considera que os acontecimentos atuais representam a concretização de um plano sionista para "expulsar os palestinianos da sua pátria" e construir o "Grande Israel". Em entrevista, Jabarin compara a situação atual com a Naqba de 1948, afirmando que se trata de "outro genocídio". Ele recorda as declarações de líderes israelitas após os ataques de 7 de outubro, que afirmaram "não haver inocentes em Gaza", justificando assim a destruição em massa.

"Sou uma pessoa ingénua.

Pensava que Israel tinha limites... mas descobri que não há linhas vermelhas", declarou Jabarin.

A crise humanitária é agravada pelo bloqueio israelita, que restringe a entrada de ajuda. As Nações Unidas declararam estado de fome em partes de Gaza, onde mais de 400 pessoas, na sua maioria crianças, já morreram de desnutrição.

O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, condenou a "punição coletiva do povo palestiniano", a "dizimação sistemática de Gaza" e o uso da fome da população, reforçando a gravidade da catástrofe humanitária que se desenrola no enclave.