A administração do Presidente dos EUA, Donald Trump, apresentou um plano para o pós-guerra em Gaza a líderes de países árabes e islâmicos, durante a Assembleia Geral da ONU. A proposta central do plano é a criação de uma força militar composta por nações árabes e muçulmanas para estabilizar a região após o conflito. Este plano surge no contexto dos esforços diplomáticos dos EUA para delinear um futuro para Gaza que evite um vácuo de poder ou o ressurgimento do Hamas. A ideia de uma força de manutenção da paz regional não é nova, mas ganha tração com o apoio explícito dos EUA e a aparente recetividade de alguns países.
A Indonésia, o país com a maior população muçulmana do mundo, já se declarou disposta a enviar soldados para participar nesta força, sinalizando um potencial apoio significativo à iniciativa.
O Presidente Trump referiu-se a uma "reunião muito positiva com os representantes dos países mais poderosos do Médio Oriente", indicando que as discussões estão a avançar. Segundo o portal Politico, como parte destes esforços diplomáticos, Trump também se comprometeu perante os líderes islâmicos a não permitir que Israel anexe a Cisjordânia ocupada, uma concessão importante para garantir o apoio árabe ao plano. Este plano reflete uma estratégia dos EUA para envolver os parceiros regionais na segurança do Médio Oriente, diminuindo a necessidade de uma presença militar americana direta e, ao mesmo tempo, criando uma estrutura de segurança que possa ser aceitável tanto para Israel como para o mundo árabe.
Em resumoOs Estados Unidos propõem uma força militar composta por países árabes e muçulmanos para garantir a estabilidade em Gaza no pós-guerra. Com o apoio inicial da Indonésia e o compromisso de Trump em impedir a anexação da Cisjordânia, o plano visa criar uma solução de segurança regional que envolva os principais atores do Médio Oriente.