O conflito diplomático foi desencadeado por um discurso de Khamenei, no qual elogiou o Hezbollah e o seu falecido líder, Hassan Nasrallah, afirmando que "o Hezbollah não deve ser subestimado nem a sua grande riqueza negligenciada".

Estas declarações foram interpretadas em Beirute como uma interferência nos assuntos internos do Líbano.

A resposta do ministro dos Negócios Estrangeiros libanês, Youssef Rajji, foi inequívoca.

Numa publicação na rede social X, Rajji sublinhou que "a única autoridade duradoura no Líbano é o Governo legítimo e as suas decisões vinculativas".

O ministro referiu-se especificamente a uma resolução governamental que "exige que as armas sejam confinadas ao Estado e que a soberania estatal seja exercida em todo o território libanês".

Esta declaração é uma referência direta ao desarmamento do Hezbollah, um tema central e altamente controverso na política libanesa. O incidente destaca a fratura existente no Líbano, onde o Hezbollah, financiado e armado por Teerão, opera como um Estado dentro do Estado, desafiando a autoridade do governo central, que procura limitar a posse de armas exclusivamente às suas forças de segurança oficiais.