Dos 251 reféns originalmente levados para Gaza, estima-se que 48 permaneçam em cativeiro, com as autoridades israelitas a acreditarem que apenas 20 possam estar vivos.

A sua situação é um ponto de enorme pressão política e social em Israel e um foco principal da diplomacia internacional. O Presidente dos EUA, Donald Trump, foi categórico na sua exigência, afirmando que um acordo de cessar-fogo depende da libertação de "todos de uma só vez". Ele rejeitou a ideia de libertações faseadas, como ocorreu em tréguas anteriores, declarando: "Queremos todos de volta de uma só vez".

Esta posição reflete a urgência e a importância atribuída à questão.

Do lado militar, o chefe do Estado-Maior israelita, Herzi Halevi, reforçou esta mensagem durante uma visita à Cidade de Gaza.

Dirigindo-se aos habitantes locais, Halevi ligou diretamente o fim do conflito à resolução da crise dos reféns: "A guerra e o sofrimento terminarão se o Hamas libertar os reféns e entregar as suas armas".

Esta estratégia de dupla pressão — diplomática e militar — visa forçar o Hamas a ceder. A questão dos reféns está, assim, intrinsecamente ligada ao destino de Gaza e ao futuro do conflito, servindo como a principal justificação de Israel para a continuação da sua ofensiva militar e como a principal moeda de troca para o Hamas nas negociações.