Estas alegações levaram a investigações por parte do Tribunal Penal Internacional (TPI), colocando a liderança israelita sob escrutínio legal sem precedentes.
A escala da destruição e o número de vítimas civis em Gaza — mais de 65.000 mortos, incluindo a destruição quase total do sistema de saúde — levaram a que uma comissão independente da ONU e outras organizações classificassem a ofensiva como um genocídio. Shawan Jabarin, diretor da organização de direitos humanos palestiniana al-Haq, argumenta que as ações de Israel representam a "concretização do que os líderes israelitas e os lideres sionistas têm dito claramente: 'Não acabámos o jogo em 1948'". Ele aponta para declarações de altos funcionários israelitas no início da guerra, que afirmaram "que não há inocentes em Gaza", como prova da "intenção" genocida. Estas acusações ganharam tração no cenário internacional, culminando na decisão do TPI de procurar mandados de captura para o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Esta ação do TPI representa um desafio direto à legitimidade da condução da guerra por parte de Israel. A situação é complexa, com Israel a rejeitar veementemente as acusações, classificando-as como antissemitas e defendendo as suas ações como autodefesa contra o Hamas, que também é alvo de investigações do TPI pelos seus ataques de 7 de outubro.














