Esta complexidade reflete os interesses estratégicos e os desafios políticos que Washington enfrenta na região.
No campo diplomático, o Presidente Donald Trump tem estado ativamente envolvido na mediação de um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Ele afirmou estar "perto de concretizar algum tipo de acordo", ao mesmo tempo que mantém uma linha dura na exigência da libertação de todos os reféns. Numa reunião com líderes de países árabes e islâmicos, Trump terá também se comprometido a não permitir que Israel anexe a Cisjordânia ocupada, uma posição que visa apaziguar os parceiros árabes.
Contudo, esta postura diplomática contrasta com outras ações da administração norte-americana.
O Departamento do Tesouro dos EUA impôs sanções à al-Haq, uma proeminente organização palestiniana de direitos humanos, juntamente com outras duas, pelos seus esforços junto do Tribunal Penal Internacional para investigar cidadãos israelitas "sem o consentimento de Israel". Shawan Jabarin, diretor da al-Haq, critica esta medida, que surge depois de Israel ter classificado a sua organização como terrorista, uma alegação que uma investigação da União Europeia não conseguiu comprovar. Este duplo papel — de mediador da paz e, simultaneamente, de protetor dos interesses israelitas ao ponto de sancionar grupos de direitos humanos — ilustra a dificuldade dos EUA em manter uma posição neutra e a sua complexa relação com as partes envolvidas no conflito.














