Cerca de cinco mil pessoas manifestaram-se em Kuala Lumpur, exigindo que os Estados Unidos cessem o seu apoio a Israel e responsabilizem o Estado hebraico pelas suas ações.
O protesto, convocado pelo Conselho Consultivo de Organizações Islâmicas da Malásia (MAPIM), reuniu uma multidão em frente à embaixada dos Estados Unidos, apesar do mau tempo.
Os manifestantes, empunhando bandeiras palestinianas e cartazes com a frase “Todos somos Global Sumud”, expressaram a sua indignação pela operação israelita, que culminou com a transferência dos tripulantes detidos para a prisão de Saharonim, no deserto do Negueve.
A ação de Israel foi veementemente condenada pelo primeiro-ministro malaio, Anwar Ibrahim, que a considerou uma “afirmação grosseira e ofensiva”.
Numa declaração à comunicação social, Ibrahim questionou a lógica de classificar como terroristas voluntários desarmados que transportavam ajuda humanitária: “Os voluntários [da flotilha] não trazem armas nem matam ninguém; levam comida, água e medicamentos [para Gaza]. Como é que lhes podem chamar terroristas?”.
Durante o protesto, foi entregue um memorando a um representante diplomático norte-americano, exigindo que Washington cesse o “apoio político, económico e militar” a Israel.
A manifestação ocorre num momento de tensão acrescida, com a esperada participação do Presidente dos EUA, Donald Trump, na cimeira da ASEAN em Kuala Lumpur, uma visita que já gerou contestação em vários setores da sociedade malaia.













