Apesar do andamento das negociações para um cessar-fogo, as forças israelitas mantêm uma ofensiva militar contínua na Faixa de Gaza, resultando em mais mortes de civis e na destruição de infraestruturas. Relatos do terreno descrevem uma situação de bombardeamentos incessantes. A cidade de Gaza foi alvo de ataques contínuos de artilharia e aéreos durante a noite, com uma frequência de pelo menos três por hora. Fontes hospitalares confirmaram a morte de civis palestinianos que tentavam regressar às suas casas em zonas onde Israel mantém presença militar, alvejados por tropas ou drones quadricópteros.
O Exército israelita alega ter passado a executar “operações defensivas em Gaza”, mas os bombardeamentos e os disparos contra civis não cessaram.
As tropas mantêm-se posicionadas em bairros estratégicos da cidade de Gaza.
O Serviço de Ambulâncias e Emergência denunciou que uma das suas equipas foi atacada por um drone “quando tentava chegar às vítimas”. Esta violência persistente, que já provocou mais de 67 mil mortos, entre eles mais de 20 mil crianças, alimenta a perspetiva do ativista de direitos humanos Shawan Jabarin, que afirma que Israel parece não ter “limites” na sua campanha militar, tratando-a não como uma guerra contra o Hamas, mas “contra um povo inteiro”. A continuidade das hostilidades, mesmo com um plano de paz na mesa, lança sérias dúvidas sobre a vontade de alcançar uma solução negociada.
Em resumoA persistência das ações militares israelitas em Gaza, em paralelo com os esforços diplomáticos, agrava a crise humanitária e mina a confiança no processo de paz, reforçando as acusações de que os civis continuam a ser o principal alvo.