Quase 42 mil pessoas, um quarto das quais crianças, sofreram ferimentos incapacitantes.

Os dados detalham mais de cinco mil amputações, mais de 22 mil ferimentos em braços e pernas, e milhares de lesões na coluna vertebral, cérebro e queimaduras graves, que exigirão reabilitação durante anos. A situação é agravada pelo estado do sistema de saúde: “O sistema de saúde em Gaza está à beira do colapso.

Apenas 14 dos 36 hospitais funcionam parcialmente e nenhum está totalmente funcional”.

A força de trabalho na área da reabilitação foi dizimada, com pelo menos 42 profissionais mortos até setembro de 2024. Segundo Richard Peeperkorn, representante da OMS, “a reabilitação é vital não apenas para a recuperação de ferimentos traumáticos, mas também para pessoas com doenças crónicas”. Esta análise é corroborada pelo ativista Shawan Jabarin, que acusa Israel de procurar a destruição não apenas de um hospital, mas da totalidade do sistema de saúde, como parte de uma guerra “contra um povo inteiro”. A OMS apela a um cessar-fogo imediato e à proteção dos cuidados de saúde para evitar um agravamento ainda maior da crise.