Este organismo terá como principal função "recolher, juntar e tratar elementos de prova" sobre "crimes graves ao Direito Internacional".

A investigação terá um foco particular nas violações cometidas "contra as mulheres e raparigas afegãs", que têm enfrentado restrições severas sob o regime talibã. Um aspeto notável do mandato é que o âmbito da investigação não se limita ao governo atual, incluindo também as ações de tropas estrangeiras.

Esta vertente do inquérito já gerou controvérsia, com os Estados Unidos a manifestarem oposição ao que consideram uma "jurisdição ilegal" sobre os seus militares.

A criação deste mecanismo representa um esforço da comunidade internacional para garantir a responsabilização por crimes cometidos no Afeganistão, num contexto de crescente isolamento do regime talibã e de uma crise humanitária contínua.