As comemorações em Cabul incluíram eventos como uma "chuva de flores" lançada por helicópteros do Ministério da Defesa sobre multidões.
No entanto, estas celebrações contrastam fortemente com a realidade vivida pela população.
Desde que tomaram o poder a 15 de agosto de 2021, os talibãs impuseram uma interpretação estrita da lei islâmica, resultando em severas restrições aos direitos humanos, especialmente para mulheres e raparigas, que foram excluídas da educação secundária e superior, de muitos empregos e de espaços públicos. Em resposta, o "Movimento Unido das Mulheres Afegãs pela Liberdade" realizou protestos, descrevendo a data como "o início de uma dominação negra".
O líder supremo dos talibãs, Hibatullah Akhundzada, num comunicado, alertou que a ingratidão pelo domínio islâmico seria punida por Deus, defendendo que a Sharia salvou o povo da "corrupção, opressão, usurpação, drogas, roubo, assalto e pilhagem".
A comunidade internacional e grupos de direitos humanos continuam a condenar o regime, enquanto o país se afunda numa crise humanitária agravada pelas alterações climáticas e pela redução drástica da ajuda externa.













