As imagens que chegam da região mostram milhares de pessoas, incluindo crianças e idosos, a percorrer a pé estradas danificadas, como a Estrada de al-Rashid, carregando os poucos pertences que lhes restam.

O sentimento é de incerteza e angústia, como expressou uma palestiniana: “Nós regressamos ao desconhecido, sem saber se as nossas casas ainda existem”.

Outro residente descreveu o retorno como uma viagem a “um desastre que não conseguimos compreender”.

A escala da tragédia é reforçada pelos números consistentemente citados nos relatórios: mais de 67.000 mortos e 170.000 feridos, na sua maioria civis.

A UNICEF alerta para o impacto devastador sobre os mais jovens, estimando que “uma criança é morta ou mutilada em Gaza a cada 17 minutos”.

A ofensiva israelita destruiu “quase todas as infraestruturas de Gaza” e o bloqueio à ajuda humanitária provocou centenas de mortes por desnutrição e fome, agravando ainda mais o sofrimento de uma população deslocada e traumatizada.