A guerra resultou num número de vítimas sem precedentes e numa profunda crise humanitária, cujas cicatrizes marcarão a região por gerações.
O conflito teve início quando milícias lideradas pelo Hamas atacaram território israelita, matando cerca de 1.200 pessoas, na sua maioria civis, e fazendo 251 reféns, num ato que Israel considerou o pior massacre de judeus desde o Holocausto.
Uma das vítimas foi Karina Pritika, uma jovem de 23 anos nascida em Lisboa, morta enquanto tentava fugir do festival de música Supernova. Em resposta, Israel declarou guerra com o objetivo de "erradicar" o Hamas, lançando uma ofensiva militar massiva sobre a Faixa de Gaza. A retaliação israelita, que se prolongou por dois anos, causou, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza considerados credíveis pela ONU, mais de 67.000 mortos, incluindo mais de 20.000 crianças, e quase 170.000 feridos. Estes números refletem a intensidade de uma guerra que se insere num contexto histórico mais vasto de confrontos armados desde a formação do Estado de Israel em 1948. A devastação em Gaza, combinada com o trauma dos ataques em Israel, criou uma ferida profunda em ambas as sociedades, tornando o atual processo de paz um desafio de enorme complexidade.














