A tensão aumentou após o governo talibã em Cabul acusar o Paquistão de realizar ataques aéreos em território afegão. Em retaliação, as forças afegãs lançaram ataques contra postos fronteiriços paquistaneses.
Islamabad, por sua vez, acusa Cabul de abrigar militantes do Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), grupo responsável por numerosos ataques no Paquistão.
Os confrontos que se seguiram foram descritos como violentos, com troca de fogo de artilharia pesada. Os números de vítimas são díspares e disputados: o exército paquistanês reivindicou a morte de mais de 200 combatentes talibãs e afiliados, admitindo a perda de 23 soldados, enquanto os talibãs afegãos afirmaram ter matado 58 soldados paquistaneses, com nove baixas do seu lado. Os combates também tiveram um custo civil, com relatos de pelo menos 15 civis mortos no Afeganistão, incluindo mulheres e crianças.
Perante a escalada, a diplomacia paquistanesa anunciou um cessar-fogo temporário, afirmando que ambas as partes se esforçarão "sinceramente por encontrar uma solução positiva para este problema complexo, mas resolúvel".














