A implementação da primeira fase do plano de paz proposto pelos Estados Unidos materializou-se com a troca de 20 reféns israelitas que se encontravam em cativeiro por 1.968 prisioneiros palestinianos detidos por Israel. O momento foi marcado por cenas emotivas de reencontros familiares em ambos os lados da fronteira.
Contudo, surgiram focos de tensão, nomeadamente no que diz respeito à devolução dos corpos dos 28 reféns que morreram em cativeiro. O Hamas entregou apenas quatro corpos, o que levou o ministro da Defesa de Israel a acusar o grupo de uma "violação dos compromissos". Em contrapartida, Israel entregou os corpos de 45 palestinianos. O acordo pôs fim a um conflito que, desde o ataque do Hamas a 7 de outubro de 2023, causou mais de 67 mil mortos em Gaza e cerca de 1.200 em Israel. Com a retirada parcial das tropas israelitas, milhares de palestinianos deslocados começaram a regressar ao norte de Gaza, encontrando um cenário de destruição generalizada.
Uma residente, Maryam Abu Jabal, resumiu o sentimento de incerteza: “Nós regressamos ao desconhecido, sem saber se as nossas casas ainda existem”.
A ajuda humanitária começou a entrar no enclave, mas a devastação das infraestruturas representa um desafio colossal para a recuperação da população.














