A troca de acusações sobre a responsabilidade pelos ataques e o apoio a grupos militantes elevou a tensão a um dos níveis mais altos dos últimos anos.
O conflito foi desencadeado por explosões em Cabul, que o governo talibã afegão atribuiu ao Paquistão, levando a uma operação de retaliação.
Seguiram-se confrontos armados em vários pontos da fronteira, com relatos de vítimas contraditórios.
O exército paquistanês afirmou ter perdido 23 soldados e neutralizado mais de 200 "combatentes talibãs e terroristas afiliados".
Por seu lado, os talibãs afegãos reivindicaram a morte de 58 soldados paquistaneses, admitindo nove baixas do seu lado.
A violência teve também um pesado custo para a população civil, com autoridades afegãs a reportarem entre 15 e 40 mortos numa única província.
A raiz da tensão reside na acusação de Islamabad de que Cabul dá abrigo a militantes do Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), que realizam ataques em território paquistanês, algo que o regime talibã nega.
Após dias de combates, as duas partes acordaram um cessar-fogo temporário de 48 horas para permitir o diálogo.
O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, afirmou que, para uma trégua duradoura, "a bola está do lado deles".
A comunidade internacional, incluindo o Irão, apelou à contenção para evitar uma maior desestabilização regional.














