Israel alega uma “flagrante violação” do acordo por parte do Hamas, suspendendo a ajuda humanitária e reacendendo as hostilidades. O exército israelita anunciou ter iniciado “uma série de ataques contra alvos terroristas do Hamas no sul da Faixa de Gaza” em resposta ao que classificou como uma “flagrante violação do acordo de cessar-fogo”.
Os bombardeamentos concentraram-se nas zonas de Khan Yunis e Rafah, resultando em vítimas civis. A Defesa Civil de Gaza, controlada pelo Hamas, reportou a morte de pelo menos 15 pessoas, incluindo uma mulher e duas crianças em tendas de deslocados.
A retoma das hostilidades foi acompanhada pela suspensão imediata do acesso de ajuda humanitária ao enclave, uma medida que agrava a já precária situação da população. A decisão israelita surge após o Departamento de Estado norte-americano ter alertado para “relatos credíveis” de que o Hamas planeava uma “violação iminente” da trégua, que vigorava desde 9 de outubro. O acordo, mediado pelos Estados Unidos e outros parceiros internacionais, previa a retirada gradual das tropas israelitas, a libertação de reféns e prisioneiros, e a entrada de ajuda humanitária, além da futura formação de um governo sem a participação do Hamas.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, reiterou que, embora não exista um prazo fixo para o desarmamento do Hamas, o grupo enfrentará novas medidas caso não cumpra as suas obrigações.
Este colapso da trégua representa o episódio mais grave desde o seu início, colocando em risco os progressos alcançados e ameaçando um regresso à violência generalizada que, em dois anos, já causou mais de 68 mil mortos em Gaza.













