O processo de troca foi um dos pilares centrais do acordo mediado internacionalmente. Em Israel, o regresso dos 20 reféns foi recebido com alívio e celebração, pondo fim a mais de dois anos de cativeiro.
Simultaneamente, em Ramallah e Khan Yunis, multidões receberam em êxtase os autocarros que transportavam os 1.968 prisioneiros palestinianos libertados por Israel.
Entre os libertados estavam cerca de 1.718 pessoas detidas durante a guerra sem acusação formal.
No entanto, o processo não decorreu sem atritos.
O acordo previa a devolução dos corpos de 28 reféns que morreram em cativeiro, mas o Hamas entregou inicialmente apenas quatro, incluindo o de um estudante nepalês, Bipin Joshi. Esta ação levou o ministro da Defesa de Israel a acusar o Hamas de “incumprimento dos seus compromissos” e de uma “violação flagrante do acordo”.
Como parte das trocas, Israel também entregou os corpos de 45 palestinianos que estavam sob sua custódia, os quais foram recebidos no hospital Nasser, em Khan Yunis.
A complexidade e a desconfiança em torno da devolução dos corpos evidenciam a fragilidade da confiança entre as partes, mesmo após um passo tão significativo como a libertação dos reféns e prisioneiros vivos.














