A ação de Ancara, apoiada por outros países árabes como o Iraque, sublinha a sua crescente influência regional e a sua postura crítica em relação ao governo israelita.
Inicialmente, a presença de Netanyahu na cimeira de Sharm el-Sheikh tinha sido anunciada e até confirmada pela presidência egípcia.
Contudo, o seu gabinete acabou por recuar, justificando a ausência com a celebração do feriado judaico de Simchat Torá.
Fontes diplomáticas revelaram uma realidade diferente: uma intensa pressão regional para impedir a sua participação.
Omer Celik, porta-voz do partido no poder na Turquia, confirmou publicamente a posição do seu governo, afirmando que o Presidente Erdogan “nunca aceitaria estar no mesmo enquadramento fotográfico que Netanyahu”.
Uma fonte diplomática turca acrescentou que a exclusão de Netanyahu foi uma iniciativa de Erdogan, “com o apoio de outros líderes”.
O Iraque também desempenhou um papel crucial, ameaçando retirar-se da cimeira se o primeiro-ministro israelita estivesse presente.
A manobra diplomática evidencia as profundas divisões no Médio Oriente e a relutância de vários líderes em legitimar o governo de Netanyahu, especialmente num palco internacional focado na paz em Gaza. A situação forçou os organizadores a escolher entre a presença de Netanyahu e a de um bloco significativo de líderes regionais.













