Os confrontos armados na fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão resultaram num elevado número de vítimas civis, com dezenas de mortos e centenas de feridos. Os ataques, que incluíram bombardeamentos e disparos de morteiros, atingiram indiscriminadamente áreas povoadas, agravando a crise humanitária na região. Autoridades da região de Spin Boldak, no sul do Afeganistão, anunciaram que 15 civis foram mortos e mais de 80 mulheres e crianças ficaram feridas em confrontos noturnos. A Missão de Assistência da ONU no Afeganistão (UNAMA) reportou um número ainda mais alarmante, com 462 vítimas civis, incluindo 37 mortos e 425 feridos. Um dos incidentes mais trágicos foi a morte de oito jogadores de críquete afegãos, que foram atingidos por um ataque aéreo paquistanês na província de Paktika enquanto se preparavam para um torneio. O Conselho de Críquete do Afeganistão denunciou o ataque como um “crime hediondo e imperdoável”.
A violência concentrou-se no eixo Spin Boldak-Chaman, uma passagem fronteiriça crucial para o comércio, que se tornou palco de combates violentos.
A ONU apelou a um fim imediato dos confrontos e à proteção da população civil, alertando para o risco de desestabilização regional.
O pesado tributo pago por civis, incluindo atletas, mulheres e crianças, expõe a face mais trágica de um conflito que continua a escalar, apesar dos apelos internacionais à contenção.
Em resumoO pesado tributo pago pela população civil, incluindo a morte de atletas e a vitimização de mulheres e crianças, expõe a trágica dimensão humanitária do conflito fronteiriço, com apelos da ONU para a proteção dos não-combatentes.