A trégua, embora frágil e marcada por alegações de violações, representa um esforço diplomático para conter as hostilidades e abrir caminho ao diálogo.

O acordo foi alcançado após uma semana de confrontos que causaram dezenas de mortos. Delegações de alto nível de ambos os países, incluindo os ministros da Defesa e chefes dos serviços secretos, reuniram-se em Doha para negociar a cessação das hostilidades.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros paquistanês anunciou que o objetivo era procurar “uma solução positiva para este problema complexo, mas solucionável, através de um diálogo construtivo”.

No entanto, a implementação do cessar-fogo foi imediatamente posta à prova.

Poucas horas após o acordo, um alto responsável talibã acusou o Paquistão de realizar novos ataques na província de Paktika, violando a trégua.

Apesar destes relatos, ambas as partes prometeram respeitar o acordo, com o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, a afirmar que a responsabilidade por uma solução duradoura estava do lado afegão: “A bola está do lado deles”.

O Irão saudou o cessar-fogo, mostrando-se preocupado com as vítimas civis e apelando à cooperação regional contra o terrorismo.