A trégua, no entanto, permanece frágil, com desafios significativos pela frente.

A primeira fase do acordo, assinado no Egito com a mediação crucial dos Estados Unidos, representou um avanço significativo para a desescalada da violência.

O pacto previa a cessação das hostilidades, a libertação dos 20 reféns que ainda se encontravam vivos em cativeiro e a devolução progressiva dos corpos daqueles que morreram durante o ataque de 7 de outubro de 2023 ou em cativeiro. Em contrapartida, Israel concordou com a libertação de prisioneiros palestinianos, a retirada gradual das suas forças de Gaza e a entrada em massa de ajuda humanitária.

O enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, e Jared Kushner reuniram-se em Telavive com nove dos reféns libertados, que agradeceram o papel americano e apelaram à continuação dos esforços para repatriar os corpos dos restantes 15 reféns.

O Hamas, através do seu alto funcionário Khalil al-Hayya, afirmou ter recebido garantias do presidente Donald Trump de que a guerra terminou, embora o grupo tenha relatado dificuldades em localizar todos os restos mortais, alegando necessitar de equipamento especializado.

Este processo de devolução, coordenado pela Cruz Vermelha, é um dos pilares para a consolidação da confiança entre as partes, num cenário ainda marcado por uma profunda desconfiança mútua e pela complexidade logística da operação.