Nas últimas semanas, as Forças de Defesa Israelitas (FDI) realizaram pelo menos três vagas de bombardeamentos de grande magnitude em território libanês. Os ataques visaram locais estratégicos do Hezbollah, incluindo um complexo de treino no vale de Beqaa, uma fábrica de mísseis de precisão e uma instalação militar em Sharbine. Num dos ataques, as FDI anunciaram ter eliminado Issa Ahmad Karbala, descrito como comandante de um pelotão da força Radwan do Hezbollah, acusando-o de promover a transferência de armas e ataques terroristas.
Os bombardeamentos causaram múltiplas vítimas, com o Ministério da Saúde libanês a confirmar pelo menos duas mortes nas cidades de Janta e Shmustar.
Israel justifica as suas ações como necessárias para "eliminar qualquer ameaça", argumentando que a presença de infraestruturas terroristas do Hezbollah constitui uma "violação flagrante dos acordos entre Israel e o Líbano".
Por seu lado, o primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, exigiu que Israel se retire dos cinco pontos que ainda ocupa em território libanês e "cesse os ataques contínuos". A situação é agravada pela pressão dos Estados Unidos para que o Hezbollah entregue as armas ao exército libanês.
O enviado norte-americano, Tom Barrack, alertou que "se Beirute continuar a hesitar, Israel poderá agir unilateralmente e as consequências serão graves", refletindo a crescente impaciência internacional com a instabilidade na fronteira.














