A grave situação humanitária na Faixa de Gaza continua a ser uma preocupação central para a comunidade internacional, com apelos crescentes para que Israel cumpra as suas obrigações de facilitar a entrada de ajuda. A Noruega e as Nações Unidas lideram os esforços diplomáticos para garantir o acesso humanitário, enquanto o Egito se prepara para um eventual fluxo de feridos através da passagem de Rafah. A Noruega anunciou que irá apresentar uma resolução na ONU para apoiar o parecer do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), que atribui a Israel, como "potência ocupante", a obrigação de facilitar a entrega de ajuda e satisfazer as necessidades básicas dos palestinianos. O ministro dos Negócios Estrangeiros norueguês, Espen Barth Eide, afirmou que, durante mais de dois anos, "o povo de Gaza viveu um inferno na Terra" e que Israel bloqueou a ajuda "durante longos períodos".
A situação agravou-se com a suspensão do acesso humanitário por parte de Israel, após alegadas violações do cessar-fogo pelo Hamas.
Do outro lado da fronteira, o Egito está a preparar o posto de Rafah para "receber os irmãos palestinianos" feridos ou doentes. Uma comitiva do Ministério da Saúde egípcio inspecionou as instalações de saúde e emergência, embora não tenha sido anunciada uma data para a reabertura da passagem, que está fechada desde maio de 2024. O plano de paz prevê a abertura de passagens fronteiriças para permitir a entrada diária de 600 camiões com bens essenciais, mas a sua implementação depende da estabilidade do cessar-fogo.
Em resumoA crise humanitária em Gaza mobiliza a comunidade internacional, com a Noruega a liderar uma iniciativa na ONU para forçar Israel a cumprir as suas obrigações legais de permitir a entrada de ajuda. Enquanto o Egito prepara a fronteira de Rafah, a suspensão do acesso humanitário por Israel, devido a violações do cessar-fogo, agrava ainda mais a situação da população civil.