Duas ações recentes ilustram esta nova fase: uma operação militar contra um grupo de jihadistas franceses e um acordo histórico para integrar as forças curdas no exército sírio. No noroeste do país, na região de Harem, as forças governamentais sírias lançaram uma vasta operação para cercar e desmantelar um campo que alberga o grupo jihadista francês "Firqat al Ghuraba", liderado por Omar Diaby, também conhecido como Omar Omsen.

Diaby, considerado um "terrorista internacional" pelos EUA, é procurado pela justiça francesa.

A operação, que segundo um combatente no local foi solicitada pelo governo francês, indica uma tentativa do novo poder em Damasco de eliminar bolsas de radicalismo estrangeiro e colaborar com potências ocidentais.

Simultaneamente, registou-se um avanço significativo nas negociações com as Forças Democráticas Sírias (FDS), de maioria curda e apoiadas pelos EUA. O comandante das FDS, Mazloum Abdi, anunciou ter chegado a "um acordo de princípio" com Ahmad al-Charaa para a fusão das suas dezenas de milhares de combatentes no exército nacional. Abdi especificou que as suas forças não se juntarão individualmente, mas sim como "grandes formações militares", esperando que a sua experiência na luta contra o Estado Islâmico lhes garanta posições de relevo na nova estrutura de defesa síria.

Este acordo representa um passo crucial para a unificação do país sob uma única autoridade militar.