Como parte da primeira fase do acordo, o Hamas libertou 20 reféns vivos e devolveu os corpos de outros 16.

No entanto, o processo de recuperação dos corpos restantes enfrenta grandes obstáculos. O grupo islamita alega que a devolução de todos os corpos é "praticamente impossível" a curto prazo, devido à "falta de equipamento pesado na Faixa de Gaza e à magnitude da destruição no enclave", que mantém milhares de corpos, tanto de reféns como de palestinianos, sob os escombros. Esta justificação é vista com ceticismo por Israel, que acusa o Hamas de estar a protelar deliberadamente o processo.

As autoridades israelitas comunicaram à inteligência egípcia que, para o acordo avançar, os corpos devem ser devolvidos primeiro.

A questão tornou-se um foco da diplomacia norte-americana, com o vice-presidente JD Vance a apelar à paciência dos israelitas, reconhecendo que a devolução "não vai acontecer da noite para o dia". O enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, também se envolveu diretamente, reunindo-se com ex-reféns em Telavive, que lhe pediram para ajudar a acelerar o regresso dos corpos dos seus companheiros que não sobreviveram.