Os dados corroboram esta avaliação: entre 10 e 21 de outubro, entraram em média 94 camiões por dia, um número muito abaixo dos 600 camiões diários previstos no acordo de paz promovido por Donald Trump.

A ONU e as suas ONG parceiras têm 190.000 toneladas de ajuda prontas para entrar em Gaza, mas a maior parte aguarda autorizações de Israel. Ao ritmo atual, seriam necessários mais de seis meses para distribuir toda essa ajuda.

A grande maioria (93%) da ajuda que entra consiste em alimentos, mas ainda assim as quantidades estão abaixo das 2.000 toneladas diárias que o Programa Alimentar Mundial (PAM) considera necessárias.

A situação é agravada pela decisão do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), que deliberou que Israel, como "potência ocupante", tem a obrigação de facilitar a entrega de ajuda.

Em resposta, a Noruega anunciou que irá apresentar uma resolução na ONU para garantir a implementação desta decisão.

Enquanto isso, o Egito prepara as suas instalações na fronteira de Rafah para receber palestinianos feridos ou doentes, antecipando uma possível reabertura da passagem, embora a data permaneça incerta.